Atualidades ( 2012)
Dois mil e doze tem sido marcado por importantes acontecimentos políticos, no Brasil e no mundo. Questões sobre meio ambiente e a recessão econômica na Europa foram assuntos recorrentes ao longo do ano.
No âmbito internacional, a maior revolta popular das últimas décadas, a Primavera Árabe, perdeu seu caráter de celebração da democracia para se traduzir em imagens de massacres e protestos violentos no Oriente Médio.
A situação mais grave ocorre na Síria, onde uma guerra civil, iniciada em março de 2011, já deixou mais de 30 mil mortos e quase meio milhão de refugiados. O pior é que, por enquanto, não há perspectiva para uma trégua entre forças rebeldes e o Exército do ditador Bashar Al Assad.
Dois principais fatores tornam o conflito sírio complexo: disputas étnicas e religiosas entre a minoria alauíta (12% da população), no poder há meio século, e a maioria sunita (74%); e o impasse diplomático provocado pela Rússia, que apoia o governo sírio e veta medidas mais enérgicas contra ele no Conselho de Segurança da ONU.
O governo dos Estados Unidos também evitou intervir militarmente, por conta do clima já tenso na região. No aniversário dos ataques do 11 de Setembro, um diplomata americano foi morto e protestos espalharam-se no mundo árabe depois da divulgação de um vídeo considerado ofensivo à religião muçulmana. Essas manifestações antiamericanas foram estimuladas por grupos fundamentalistas islâmicos, que ascenderam ao poder após a derrocada de ditadores na Primavera Árabe.
Tal panorama teve ainda reflexos na disputa pela Casa Branca. As eleições presidenciais na maior potência econômica e militar do mundo estão marcadas para 6 de novembro. Barack Obama concorre à reeleição contra o adversário republicano, Mitt Romney.
Questões sobre economia, porém, ocupam o centro dos debates eleitorais, pois os americanos estão mais preocupados com as altas taxas de desemprego e a recessão do que com guerras no exterior.
Mas em nenhum outro lugar a