ATUAL CRISE HIDRICA
Há anos, o mundo enfrenta a falta de água doce – uma preciosidade para os seres vivos -, e com o passar do tempo, ela se tornará cada vez mais escassa, afetando a todos. Alguns dos setores, como a indústria e a agropecuária, são os que mais consomem e, também, os que mais desperdiçam água doce no Brasil. Infelizmente, aprenderemos do pior modo: com a falta dela. E, quando acontecer, será tarde demais. O que precisa ser feito para amenizar essa crise hídrica?
Pouco mais de sete trilhões de água são destinados à agricultura, que acaba desperdiçando cerca de três trilhões de litros d’água, segundo o último levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (Snis). Entre os motivos do desperdício estão irrigações mal executadas e falta de controle do agricultor na quantidade usada em lavouras e no processamento dos produtos. Os impactos recaem sobre o ecossistema, já que lençóis freáticos e rios sofrem com a falta de chuvas e correm o risco de secar ao longo dos anos.
As indústrias respondem por cerca de 22% do consumo total de água, utilizando grandes quantidades de água limpa. O uso nos processos industriais vai desde a incorporação da água nos produtos até a lavagem de materiais, equipamentos e instalações, a utilização em sistemas de refrigeração e geração de vapor. Nelas, são produzidas o que consumimos, vestimos e necessitamos para a sobrevivência, causando mais desperdícios de água.
Medidas adotadas em outros países podem servir de inspiração para o Brasil, onde são realizados racionamento de água, aplicação de multa aos habitantes que extrapassam a quantidade necessária, reaproveitam, mudam hábitos e reduzem o desperdício dela.
Se a população mundial continuar crescendo no ritmo atual, tudo faltará. A água, que é o bem mais essencial à vida até pode ser racionada a um ou dois litros por habitante, por dia no planeta – do mesmo modo que os povos africanos sobrevivem, pois lá, 1 litro d’água é motivo suficiente para o ceifa mento de