atua o dos agentes no espa o urbano de Juiz de Fora

“A cidade não nasce de uma prancheta, mas sim pela intervenção dos interessados. A produção do espaço constitui um elemento central da problemática do mundo contemporâneo tanto no processo de acumulação capitalista quanto da representação da vida que se realiza por espaço-tempo delimitados reais e concretos.”

De acordo com LEFEBVRE (1994 apud FERREIRA, Álvaro, 2007) é a tensão entre o valor de uso e de troca que produz o espaço social de usos, bem como, o espaço abstrato da expropriação, sendo o espaço social que incorpora as ações sociais.

Os grandes projetos urbanos (GPU's), são hoje uma das mais importantes expressões da tendência ao “empresariamento urbano” (HARVEY, 1996), evidência de uma nova maneira de conceber a cidade e a ação pública e privada na escala urbana. São definidos por NOVAIS e OLIVEIRA (2007) como:

“Formas complexas de articulação entre atores privados e públicos referidas ao território, acionadas a fim de superar os constrangimentos sobre a ação do Estado e garantir o envolvimento do setor privado. São justificados com base em uma representação do mundo contemporâneo que privilegia as articulações com a escala global e têm por estratégia potencializar recursos para desencadear processos de desenvolvimento econômico e promover efeitos de reestruturação no espaço urbano, apropriáveis pelos diversos atores envolvidos. No processo de sua formulação e implantação, os GPUs desencadeiam rupturas sobre os espaços físico e social, em suas múltiplas dimensões”. (NOVAIS, OLIVEIRA et al., 2007).

Uma vez que a cidade tem sido transformada sem preocupação com as populações locais, especuladores imobiliários e o Estado agora têm que lidar com um espaço construído pela população, atores em construção do território por sua mobilização e resistência. Em agosto desse ano mais de 60 moradores do bairro Granbery fizeram uma manifestação reivindicando melhor infraestrutura do bairro, pois apresenta buracos nas vias e redes de esgoto e de captação de agua