Atropelamento de animais silvestres
Animais que morrem em decorrência de atropelamentos nas estradas de todo o mundo representa a segunda maior causa de perda da biodiversidade faunística. Não existe muita pesquisa avaliando o número de animais atropelados nas rodovias estaduais e federais do Brasil.
Nos últimos anos a modernização e ascensão das rodovias e o aumento do número de veículos e da velocidade têm contribuído para o crescimento da taxa de mortalidade de animais silvestres ao longo das rodovias. A urbanização desordenada além de provocar um problema ambiental, como o abordado no presente estudo, provoca também um problema social, pois a população mais humilde só consegue se estabelecer em locais com menos infra-estrutura, como nas margens de rodovias e estradas. Esta população pode interferir de várias formas no comportamento de animais selvagens, se familiarizando com os mesmos ou matando-os por se sentirem ameaçados.
As estradas e rodovias são construídas desconsiderando o habitat da fauna silvestre e as áreas protegidas por lei, cortando locais de fluxo intenso de várias espécies, formando uma barreira geográfica que obriga os animais a trafegarem nas estradas, tendo em vista a compensação de encontrar alimentação e parceiro sexual do lado oposto da pista.
A falta de conscientização por parte dos motoristas também é um agravante nos atropelamentos: eles transitam em altas velocidades, desrespeitando a sinalização, negam socorro após um atropelamento e, através de uma forma indireta, provoca incêndios as margens do asfalto, afugentando os animais que vivem na região em direção à estrada, ocasionando novos atropelamentos.
São muito escassas as propostas para resolução deste problema, entretanto existem alguns órgãos e entidades que tentam combater essas irregularidades: IBAMA, Polícia Florestal e algumas ONGs se dedicam neste trabalho.
A formação de corredores ecológicos tem como principal meta a união de fragmentos de áreas preservadas,