Atps
Durante a maior parte da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos mantiveram postura isolacionista. Na época, a opinião pública era contra a participação no conflito. Só depois de muita propaganda e provocação, por parte da Alemanha, foi que o país, em abril de 1917, decidiu investir nos conflitos. "É importante ressaltar que a guerra era muito mais controversa na época do que se acredita hoje. Havia muita discordância nos EUA. Muitos americanos, principalmente no sul e no oeste, não estavam nem um pouco convencidos de que a América devia participar", diz o historiador Michael Neiberg, PhD em história e professor da Universidade do Southern Mississippi.
Os problemas envolvendo os EUA começaram em janeiro de 1915, quando a Marinha alemã afundou um cargueiro americano que levava trigo para a Inglaterra. No começo de maio, os alemães afundaram o navio mercante Gullfight. Dez dias depois, a Alemanha torpedearam o transatlântico britânico RMS Lusitania, matando mais de 120 americanos.
O ataque acirrou os ânimos, mas o então presidente americano, Woodrow Wilson, ainda se recusava a lutar. Wilson pede garantias de segurança aos cidadãos americanos a bordo de navios neutros, mas não é atendido. Em julho daquele ano, ele adverte os alemães e afirma que passará a considerar os ataques como hostilidades, e a Alemanha recua.
Essa trégua, porém, dura muito pouco. Em fevereiro de 1916, a Alemanha volta a ordenar ataques a navios neutros. Diante de uma ameaça de rompimento das relações diplomáticas, os alemães recuam mais uma vez. Em fevereiro de 1917, porém, como a guerra submarina persiste, os EUA rompem com a Alemanha e, em abril, entram na guerra com os aliados.
Outro episódio decisivo para a entrada americana foi o telegrama Zimmermann. Tratava-se de uma mensagem em código do secretário do Exterior Arthur Zimmermann ao embaixador alemão no México. Zimmermann queria que o México declarasse guerra aos EUA para pedir os