Atps
A presença de pacientes em ventilação mecânica (VM) é recorrente, esses pacientes estão mais propícios a desenvolver infecções e com elas aumentar a produção de secreções. É rotina na prática fisioterápica a utilização de manobras afim de mobilizar essas secreções com o objetivo de trazê-las para a arvore brônquica proximal e assim conseguir realizar sua aspiração.
Lemes e Guimarães (2007) afirmam que durante a ventilação mecânica a função mucociliar é alterada não só pela presença da via aérea artificial, mas também por diversos fatores como utilização de agentes paralisantes, umidificação inadequada do sistema respiratório, parâmetros ventilatórios com altas concentrações de oxigênio, além das lesões da mucosa traqueobrônquica ocasionadas pelas intervenções médicas e procedimentos de aspiração traqueal. A ausência dos mecanismos de defesa, movimentos ciliares e tosse, em pacientes com VM, facilitam o acúmulo de secreções pulmonares, aumentando o risco de infecções. As técnicas fisioterápicas visam aumentar o fluxo expiratório baseando na fisiologia da tosse, cujo objetivo principal é o de aumentar a velocidade de fluxo expiratório tentando desprender as secreções aderidas na árvore brônquica. As técnicas de reabilitação mais citadas são a drenagem postural, percussão e vibrações torácicas, estímulo à tosse, aspiração traqueal e hiperinsuflação manual, essa última conhecida também como bag squeezing ou bagging. A aplicação dessas técnicas visa diminuir a retenção de secreção pulmonar, prevenir ou amenizar as complicações pulmonares, melhorar a oxigenação e trocas gasosas e promover a expansão de atelectasias (CUNHA et. al., 2008; LEMES & GUIMARÃES, 2007).
Segundo Liebano et. al. (2009) algumas técnicas de fisioterapia respiratória tem sua aplicação pouco protocolada, ou seja, os profissionais acabam realizando as técnicas de forma modificada, da maneira que melhor se adaptam. Umas dessas técnicas é a percussão