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Uma análise bastante pertinente que podemos fazer sobre a Educação de Jovens e Adultos diz respeito ao caráter excessivamente jurídico e burocrático da educação brasileira, espera-se que a simples publicação de uma lei resolva os problemas que têm sua origem na desigualdade social e na má distribuição de renda. Espera-se outorgar o direto à cidadania, e muitas vezes esquecemos que a cidadania é uma conquista individual, fruto um processo de maturidade e conscientização do indivíduo, portanto é um processo lento que exige dos profissionais de educação compromisso e seriedade no desempenho de seu .trabalho.
Evidenciamos inúmeras as dificuldades encontradas pela EJA, do ponto vista pedagógico podemos destacar a falta de profissionais habilitados para trabalhar com este público, bem como, o exíguo número de livros didáticos destinados a adultos. Nesta perspectiva procuramos capacitar o professor alfabetizador a trabalhar com os recursos didáticos disponíveis na escola, e quando estes não existirem, ensinamos o alfabetizador a desenvolver seu próprio material didático junto com os alunos, aproveitando os recursos materiais, e principalmente o material cultural existente na comunidade.
Estimulamos o alfabetizador a criar em parceria com os alunos, incentivamos todos a se posicionarem de maneira crítica diante da realidade que cada um vive, buscando desenvolver uma consciência desalienada favorecendo o desenvolvimento do senso crítico essencial para a prática da cidadania. Uma vez que a formação do cidadão crítico é um imperativo para o desenvolvimento da sociedade, além de ser um direito inalienável. Neste sentido a Educação de Jovens e Adultos precisa compor um sistema no qual o aluno e o meio social devem estar absolutamente articulados. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais os conteúdos ministrados em sala de aula precisam estar de acordo com um padrão mínimo, e ao mesmo tempo, estar sintonizados com as