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TEATRO E PENSAMENTO
A matéria artística traz o elemento irracional como base de uma poética, tendo assim a primeira reflexão filosófica. Em relações com as artes, Platão admite que estas obras vem de uma Beleza Universal essencial, sendo um aspecto do Ser humano que se relaciona através dos sentidos. Para ele também os poetas são seres excepcionais, que conseguem transmitir conhecimentos através da sua inteligência que não é discursiva e nem intuitiva e o entusiasmo deles vem dos Deuses, ou seja, aproxima o poeta ao sacerdote e a poesia como algo religioso do delírio. Platão então recomenda que façam hinos em glória para os deuses e os heróis.
Para ele a poesia retórica se equivale, e os poetas não estão mais preocupados com os pensamentos e sim com as paixões. Com isso Platão reconhece que as artes que eram consideradas uma simples caricatura, são uma influência benéfica para a alma e assim a música ganha um lugar privilegiado, na medida em que se inspira o gosto pela virtude.
A razão da severidade de Platão diz respeito diretamente a transformação pela qual passava as artes, na Grécia, em seu tempo. Ele reprovava os nossos valores e elogiava a arte tradicional do Egito, de Greta e de Esparta.
Ele evoca a nobreza e a grandeza dos frontões do Olímpico, a Majestade da esculturas do Partenon e a exaltação de deuses e heróis em suas lutas. Na política defende que os artistas devem se conformar ás regras codificadas pela tradição. Avesso as transformações, Platão volta-se para o passado e a partir dele, em nome da ética e da política (do ideal da sua republica) ordena todas as atividades humanas, inclusive a artística. Deuses e heróis míticos são conclamados para a formação do povo e da cidade.
Uma analise da história das artes plásticas em Atenas enfatiza a conquista de um valor que seria combatido pelo autor das leis. Se no século VI a. C. as esculturas gregas encontrava-se ainda presa ás regras egípcias, no século V, com a geração de Milton,