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Mario Luiz Freitas Lemos
Sergio Eduardo Silveira da Rosa colaboração de Marina Mendes Tavares
1. INTRODUÇÃO
O setor de serviços se caracteriza por grande heterogeneidade, englobando atividades muito distintas entre si, no que se refere a aspectos como porte das unidades produtivas, densidade de capital, nível tecnológico etc. Basta lembrar que a gama dos segmentos que fazem parte do setor vai desde serviços domésticos até transmissão de dados pela
Internet.
As últimas décadas foram assinaladas pelo dinamismo do setor de serviços, que apresentou em numerosos países – entre os quais os mais desenvolvidos – taxas de crescimento superiores às do conjunto da economia. Em conseqüência, o setor é atualmente o de maior importância quantitativa em muitas nações, chegando nos
Estados Unidos, por exemplo, a mais de 70% do PIB e da mão-de-obra empregada.
Trata-se de um fenômeno de grande relevância teórica e prática, cuja análise, evidentemente, encontra-se fora do escopo deste trabalho. É oportuno, porém, observar que a mensuração das atividades do setor envolve dificuldades de natureza metodológica, uma vez que a produção do setor tem características intangíveis, o que torna muito complexa a "quantificação" dessa produção, ao contrário do que ocorre com os setores agropecuário e industrial.
No que diz respeito ao Brasil, o setor de serviços, no sentido mais amplo, teve participação de 60% a 62% do PIB no período 1994-99, o que é compatível, em linhas gerais, com o observado em outros países. É importante, entretanto, ressaltar, mais uma vez, a extrema densidade do setor, que abrange, na classificação do IBGE, os seguintes subsetores: – comércio;
– alojamento (por exemplo, hotelaria) e alimentação (por exemplo, restaurantes);
– transportes;
– telecomunicações;
– intermediação financeira;
– seguros e previdência privada;
– atividades imobiliárias;
– serviços de informática;
– administração pública;
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