Atps SUAS

A trajetória da Assistência Social no Brasil
É de notável conhecimento da classe dos assistentes sociais e daqueles que se colocaram frente à luta pela conquista da assistência social como direito e como política pública, que as transformações e desafios enfrentados até então, não ocorreram do dia para a noite, mas foi fruto de profundas transformações no que diz respeito ao olhar de autoridades sobre a questão social, que até os dias contemporâneos está vivamente atrelada a questão do trabalho e capital no Brasil. Fatores responsáveis pela expropriação de indivíduos sobre a renda nacional, levados a condições subalternas de precariedade no acesso a serviços e bens como educação, lazer, saúde, previdência e assistência social; o que somente seria conseguido mais tarde com a aprovação da Constituição de 1988 e anos após com a PNAS (Política Nacional de Assistência Social) e com o
SUAS (Sistema único de Assistência Social).
Essa assistência passa a ser política pública quando a questão social ultrapassa o caráter individual e passa a ser um fenômeno de massa, que coloca em risco a ordem social e por isso deve ser enfrentada com políticas públicas que vão de encontro a satisfazer as necessidades dessa massa populacional que reivindica algo. Entretanto, o que dificulta a eficácia desta política, seria na grande maioria dos casos, o fato de tradicionalmente esta ser pensada como ação de cunho paternalista, assistencialista e de benemerência, o que na verdade é totalmente o contrário do que se deve pensar sobre esta política que é um direito social do cidadão conseguido após anos de luta, e que por assim ser, necessita que aja a ruptura com a noção da caridade e filantropia outrora atrelada as ações que fizeram surgir a assistência social; mas que são ultrapassadas e não cabem mais ser empregues atualmente.
Nos dias atuais, a importante questão a se tratar acerca da assistência social é que não importa somente o fato desta ter passado prática clientelista de cunho