Atps etapa 1 de fundamentos ii
Por volta da metade do século XX o Serviço Social brasileiro embora estivesse vivendo um processo de rompimento com a concepção filantrópica oriunda da tradição católica se via agora calcado no funcionalismo norte-americano.
O fato é que a profissão, tanto em seus primórdios, como nas décadas posteriores estava atrelada aos interesses da classe hegemônica da nação nos diferentes estágios do sistema capitalista em seu desenvolvimento nacional.
Tanto pela influência eclesiológica (onde a igreja pretendia resgatar seu poder e reconquistar privilégios na sociedade), como pela influência do Estado (no período onde cessa a chamada república café-com-leite e, inicia a era Vargas com o processo de industrialização no país) ficava evidente que era atribuído ao Assistente Social um perfil de repressão no lidar dos problemas do operariado a fim de manter a ordem social e distanciá-lo de qualquer contato com a ideologia socialista.
Fato este que se consolidou ainda mais com a adoção do positivismo mencionado no início deste trabalho.
Neste momento havia um profundo interesse dos Estados Unidos em relação aos países da América Latina chegando a oferecer bolsas de estudos aos assistentes sociais brasileiros.
Com isto o assistente social desempenhava um papel de ajustamento do indivíduo ao seu meio social, sustentado por uma visão terapêutica.
Soma-se a isto a ênfase política de aceleração econômica incentivada pela industrialização e modernização capitaneada pelos EUA que tinha como estratégia o desenvolvimento da comunidade a fim de garantir prosperidade, o progresso social e a hegemonia americana.
Portanto podemos concluir que o Serviço Social brasileiro em suas primeiras décadas estava marcado por um vazio no que diz respeito a sua identidade profissional.
Este fato começa a mudar justamente quando o profissional do Serviço Social passa a se identificar mais com a