Atps Ci Ncias Sociais
O personagem central do filme é conhecido pelo apelido de Lulu. Ele é um metalúrgico considerado como o operário-padrão pela gerência da fábrica onde trabalha, devido ao fato de se submeter voluntariamente a um ritmo desumano de produção onde se presta a servir de parâmetro para aumentar a produtividade dos colegas; quando os engenheiros de produção passam a exigir que os demais colegas produzam tanto quanto ele visando somente o aumento dos lucros, comparando os operários como máquinas de produção.
Na tentativa de ganhar um valor extra no salário referente a uma premiação por peça, com o objetivo de aumentar sua renda, Lulu acaba trabalhando várias horas consecutivamente, o que ocasionou o desenvolvimento de vários problemas, inclusive a hostilidade de todos que estavam a sua volta.
Nem sequer a satisfação sexual ele consegue devido à devastação física do trabalho. Ou seja, em todos os sentidos, o trabalhador é um ser mutilado, um homem pela metade, um rebotalho esmagado e triturado diariamente pela rotina massacrante. Lulu gira em círculos com sua raiva, frustração, desânimo, sem saber como encontrar a solução para a existência auto-destrutiva em que vive. Em consequência de tudo isto, Lulu se torna vítima de um acidente de trabalho, onde perde um dedo. Somente a partir daí que ele passa a refletir sobre suas atitudes em relação ao trabalho pois o mesmo até então, não fazia objeções a nada somente queria agradar a seus patrões, passando a questionar a partir do ocorrido se suas ações eram as mais certas. A partir deste fato, começa seu interesse em participar do movimento sindical local mais precisamente o de visão radical, que está justamente em luta contra esse sistema de produção por peça, que representa um retrocesso em relação à remuneração por tempo de trabalho do individuo.
Observamos no decorrer do filme o conceito clássico da alienação desenvolvida pelo capitalismo, onde vemos a imagem do operário-padrão,