atos locutorios
Os objectivos, os intervenientes e os contextos comunicacionais são variáveis, o que justifica a utilização, também variada, dos diferentes actos ilocutórios. O locutor, o interlocutor, o espaço, o tempo e o universo de referência condicionam a natureza dos actos de fala.
Os actos ilocutórios podem ser directos ou indirectos. No primeiro caso, o locutor demonstra a intenção de levar o interlocutor a fazer algo. No segundo, o locutor procura formas menos evidentes de tentar fazer com que o seu interlocutor realize uma acção, ou seja, o objectivo a atingir não se prende com o significado literal e imediato da frase. É o que sucede, por exemplo, no caso das perguntas realizadas com intuitos directivos.
1. Estabelece as correspondências correctas entre os actos ilocutórios, as suas marcas linguísticas e os exemplos.
Actos ilocutórios
1. Assertivos
O locutor encontra-se implicado na verdade do enunciado, podendo este ser submetido ao teste do verdadeiro ou falso.
Marcas linguísticas
A. – Tempo verbal do futuro do indicativo ou de valor equivalente;
– Verbos compromissivos como comprometer-se, garantir, jurar, prometer, etc.;
– Expressões que manifestem o comprometimento do locutor.
Exemplos
a.
Amaro abrira abruptamente a porta do escritório, fechou-a de repelão, e sem mesmo dar os bons-dias ao colega, exclamou:
– A rapariga está grávida!
Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro
2. Directivos
O locutor pretende fazer com que o interlocutor pratique uma determinada acção. 3. Expressivos
B. – Verbos declarativos como concluir, declarar, dizer, afirmar, etc.;
– Verbos de actividade mental como achar, considerar, acreditar, admitir, entender;
– Expressões modalizadas como considerar necessário, possível, certo, ridículo, etc.
C. – Verbo declarativo declarar.
4. Compromissivos
5. Declarativos