Ato Médico
Medicina, é possível dizer que, antes de mais nada, é uma ciência. Envolve e engloba todos os requistos para tal – estudos, pesquisas, práticas, tempo e assim por diante – têm-se, então, uma profissão. A rigor, todas as profissões se fazem da mesma forma, ou seja, abordam todos os requisitos necessários para transformar, melhorar, aprimorar a vida dos homens. Daí, encontramos a ciência do Direito, Engenharia, Enfermagem, Administração, Psicologia,..., todas elas e que, abraçadas por seus pilares, guiam e enriquecem as condições da existência humana.
Ao percorrermos por todo processo de formação profissional, temos contato aberto com o rigor da ciência e podemos nos sentir transformados pela experiência do conhecimento. Podemos ainda, a partir da experiência de nossa formação, compreender como e porque cada profissão se faz balizada em ciência. Assim, é fundamental e legítimo ter e manter em destaque a perspectiva de autonomia de cada profissão.
Por outro lado, faz-se necessário trazer à tona características inerentes ao homem e pertinentes ao contexto, tais como, ignorância e estupidez. Ignorância pelo fato de limitar-se não tão somente pelo não reconhecimento devido das outras profissões em plena autonomia e suas ciências, buscando invasivamente as restringir, mas drasticamente, por não perceber a própria miopia, a própria carência, a própria limitação que é naturalmente inerente à condição humana. Assim diz o poeta: “... é que narciso acha feio tudo que não é espelho”. Estupidez, entendido como uso inadequado do juízo, mesmo em indivíduo com inteligência, quando o pensamento racional é descarrilado por opiniões fortes ou crenças rígidas, tornando-se cego e surdo à evidência contrária, enquanto ao mesmo tempo dedica-se a reunir, no erro, supostas evidências que apoiem suas opiniões e crenças. Diz o filósofo: “ninguém é suficientemente inteligente para compreender quão estúpido é”. Para Albert Einstein “só duas coisas são infinitas, o