Ato Institucional Número Um
Aprendemos, ao longo de nossos estudos, sobre a chamada política do café com leite, na qual os Estados de São Paulo e Minas Gerais uniam forças visando à predominância política no poder. Tal acordo, no entanto, chegou ao fim quando os dois partidos – o PRP e o PRM – não chegaram a um consenso quanto a qual candidato à presidência apoiar. O PRP apoiava Júlio Prestes, enquanto que o PRM apoiava Antônio Carlos Ribeiro de Andrade.
Este foi o início do que viria a ser a Revolução de 1930, que abriu as portas para o Golpe Militar de 1964.
A recém-formada Aliança Liberal reunia líderes do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba. Lançou Getúlio Vargas como candidato a presidente e João Pessoa para vice.
A chamada AL apresentou um programa de reforma cujos pontos principais eram:
A instituição do voto secreto;
A criação de leis trabalhistas;
O incentivo à produção industrial.
Getúlio Vargas, no entanto, perde as eleições. Os líderes da Aliança Liberal recusavam-se a aceitar tal resultado, afirmando que a vitória de Júlio Prestes não passava de fraude.
O clima de revolta foi aumentando em todo o país, atingindo diversos grupos sociais: operários, militares, profissionais liberais, entre outros.
O povo estava extremamente insatisfeito, e a revolta se intensificou ainda mais quando João Pessoa foi assassinado, o que levou à união das oposições contra o governo.
Assim sendo, em 3 de outubro teve início uma luta armada no Rio Grande do Sul, que se espalhou em seguida por Minas Gerias, Paraíba e Pernambuco, buscando impedir a posse de Júlio Prestes como presidente.
Reconhecendo o avanço da guerra civil, militares do Rio de Janeiro aliaram-se aos revoltosos e depuseram o presidente Washington Luís, no dia 24 de outubro, poucos dias antes do fim de seu mandato.
No dia 3 de novembro de 1930, no Palácio do Catete, o poder foi entregue a Getúlio Vargas, considerado o chefe político do movimento de 1930.