Atmosfera e Clima
Os sedimentos preservados no ambiente calmo e profundo das bacias oceânicas são a base mais confiável para o estudo das variações climáticas nesse período, pois preserva excelentes evidências paleoclimáticas. Para épocas mais antigas o registro está nos continentes através do registro sedimentar, pois rochas sedimentares são indicativas de antigos desertos de regiões cobertas pelo gelo, lagos, mares ou de outros ambientes preservados pela erosão. Desta forma diamictitos revelam episódios de glaciação, arenitos eólicos de grãos polidos indicam o clima seco e quente de um deserto, e calcários constituídos por restos de corais revelam ambiente de origem de mar tépido e clima tropical.
Após a glaciação Gondwânica, a Era Mesozoica foi caracterizada por um clima quente, isso fez com que animais adaptados ao calor como dinossauros, tartarugas e crocodilos vivessem ao norte do circulo polar ártico. As temperaturas médias da terra situavam-se acima das atuais, havendo grandes quantidades de CO2 na atmosfera, o nível do mar também se encontrava de 100 a 200m acima do nível atual e desertos ocupavam grade parte dos continentes.
Na era Cenozoica já se apresenta um decréscimo da temperatura média até os dias de hoje. Há cerca de 35 milhões de anos as temperaturas médias da terra apresentaram uma queda, e até então, a terra tem apresentado uma tendência ao decréscimo de temperatura. Hoje a temperatura média é de 15°C, devido ao atual estágio interglacial.
4. Ciclos glaciais e interglaciais do Quaternário.
Dados obtidos do gelo da Antártica e da Groenlândia e nos sedimentos de mar profundo permitiram reconstituir a evolução da temperatura da atmosfera e dos oceanos nesse período. Com esses dados entende-se que longos estágios de glaciação são interrompidos por estágios interglaciais de menor duração. Durante as transições muitos ecossistemas desapareceram, enquanto outros conseguem sobreviver às mudanças