atletismo
O lançamento do dardo é uma disciplina do atletismo que consiste em atirar o mais longe possível, após uma pequena corrida, uma lança que tem de cair numa espécie de cone com um vértice de 26 graus, situado precisamente no ponto onde o atleta efetua o arremesso. O dardo não precisa ficar espetado no solo, mas para o lançamento ser válido deve ser a ponta a tocar primeiro no chão. Nas provas oficiais cada lançador tem três tentativas, após o que são apurados os sete melhores. Estes dispõem então de mais três arremessos.
Suas origens remontam à Grécia antiga, nomeadamente aos Jogos da época. Este tipo de lançamento fez parte do pentatlo antigo a partir do ano 708 a. C. e, na altura, os gregos atiravam um dardo feito de madeira de oliveira, com 400 gramas de peso e entre 2,3 e 2,4 metros de comprimento. Havia duas especialidades, uma que consistia em acertar num alvo e outra que visava atirar o mais longe possível, com a ajuda de uma funda.
Durante o século XIX, o lançamento do dardo foi aperfeiçoado pelos povos escandinavos, que ainda hoje em dia são grandes amantes e especialistas neste desporto. O dardo usado nos países do Norte era feito de madeira muito dura, tinha 2,6 metros de comprimento e pesava cerca de 800 gramas, que é o peso ainda usado atualmente.
O primeiro campeonato nacional de que há registo teve lugar na Suécia em 1896. O lançamento do dardo, apesar das suas tradições históricas, só passou a ser desporto olímpico, para atletas masculinos, na edição de 1908, realizada em Londres. As atletas femininas do dardo tiveram de esperar até 1932 para poderem participar nos Jogos Olímpicos, que tiveram lugar nos Estados Unidos da América, em Los Angeles.
Até meados do século XX, suecos e finlandeses dominaram por completo a modalidade e a sucessão de recordes batidos começou a tornar os estádios demasiado pequenos para os lançamentos cada vez mais longos. Em 1984, o alemão de Leste Uwe Hohn fez um lançamento fantástico de 104,8