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As primeiras manifestações literárias no Brasil são unicamente de caráter informativo, sendo que os temas centrais dessa produção se delimitam aos contatos do europeu, principalmente os portugueses, com o “novo mundo”. As cartas documentais baseavam-se em dados sobre os habitantes e as condições gerais da terra conquistada. A descrição de problemas, das prováveis riquezas, das lutas de dominação, e da paisagem física e humana eram o que mais interessava à colônia em tempos de descobrimento e colonização. O documento de maior importância e relevância da época é a Carta de Pêro Vaz de Caminha – uma espécie de certidão de nascimento do Brasil.
No início, de um modo geral, os países da América do Sul eram retratados como um lugar paradisíaco, de inúmeras e abundantes belezas naturais. Os “nativos” encontrados , também eram descritos de forma positiva, pelo menos até a população indígena se opor às imposições colonizadoras. Quando isso aconteceu, os primeiros habitantes da terra encontrada passaram a ser revelados como seres boçais e animalescos.
Durante todo o século XVI, portugueses, invasores franceses e demais europeus chegam ao Brasil despertados por um grande fascínio à terra recém-conquistada. Alguns dos aventureiros que chegaram ao País registraram suas passagens pelos trópicos e as mandaram para a Europa, fazendo grande sucesso. Nessa fase dois viajantes recebem destaque: o alemão Hans Staden, que publicou suas aventuras em território brasileiro no livro “Duas Viagens”, e o francês Jean de Léry, que revelou uma percepção histórica apurada dos costumes nativos no livro “Viagem à terra do Brasil”. Ainda sobre esse contexto podem ser citados os registros realistas dos primeiros esforços de colonização, como a História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gadavo (1576), o Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Souza e Tratados da terra e gente do Brasil, de Fernão Cardim.
Seguindo a linha informativa, destaca-se