Ativo intangivel
José Carlos Marion
Resumo
A mudança da ênfase do Ativo Tangível para o Intangível foi marcante nas duas últimas décadas.
Do Ativo Intangível os termos que mais se destacam é o Capital Intelectual e “Goodwill”, principalmente em função do desenvolvimento da era do conhecimento.
Outras expressões como marcas, empresas virtuais, ponto.com, ... passam a ser debatidas constantemente na Contabilidade.
Pretendemos introduzir algumas reflexões sobre este assunto, principalmente no que tange à avaliação de empresas.
INTRODUÇÃO
Até praticamente meados da década de 80, a grande preocupação no mundo dos negócios era avaliar o Ativo Tangível.
O Ativo Tangível ou Corpóreo constitui de bens físicos, materiais, que se pode tocar, aquilo que os nossos olhos enxergam: estoques, veículos, terrenos, prédios, máquinas, móveis de escritórios, etc.
O Ativo Intangível ou Incorpóreo ou Ativo Invisível são bens que não se pode tocar, pegar, que passaram a ter grande relevância a partir das ondas de fusões e incorporações na Europa e nos Estados Unidos.
Um dos negócios marcantes que despertou principalmente o meio acadêmico neste assunto foi quando a Philip Morris incorporou a indústria de alimento KRAFT (queijos, sorvetes, etc.) por 10 bilhões de dólares.
A surpresa é que o patrimônio físico da empresa adquirida estava contabilizada por 1 bilhão de dólares, sendo que os 9 bilhões de dólares adicionais referiam-se aos bens intangíveis (o poder da marca, imagem, posição comercial, ...).
No Brasil, um dos negócios marcantes que veio consolidar a importância do intangível foi a aquisição da Kibom pela Unilever por 930 milhões de dólares à vista em outubro de 1997.
O impacto ocorreu pelo fato também do patrimônio físico da Kibom estar contabilizado por menos de 30% do preço de negociação. Na verdade a compra se referiu não a uma fábrica de sorvetes mas sim à marca Kibom.
Outros exemplos bastante conhecidos: a IBM adquiriu a Lotus por 3