Atividades experimentais de química para alunos do ensino médio
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Gleyce Kelly Araújo1, Angela Fernandes Campos2 sofisticados, o que inviabilizaria a execução das mesmas. O objetivo não é aula “show”, mas uma aula que ajude na construção do conhecimento. Em geral, a forma como as atividades experimentais são abordadas deixa muito a desejar, devido a estas serem conduzidas através de roteiros que induzem apenas a verificação de receitas o que não contribui para a formação científica. Segundo Carvalho e Gil-Pérez [8] as aulas práticas limitam-se a um processo de verificação, ao estilo de receitas de cozinha, o que não contribui em absoluto para a compreensão da atividade científica. Como também, nem sempre as aulas práticas atendem a necessidade da formação profissional, simulando situações que os alunos enfrentam ou enfrentarão no exercício de suas profissões e não mantêm uma relação entre a prática e os temas centrais discutidos no curso [9]. A não relação entre os conteúdos explorados em sala de aula e o dia-a-dia dos alunos leva-os a não perceberem em quê e para quê irão utilizar tais conhecimentos.
Introdução
Nos últimos anos, várias pesquisas têm analisado o papel da experimentação no ensino de Ciências e Química, o qual vem sendo problematizado desde a década de 60 [1]. Os professores têm conhecimento que a realização de experimentos desperta um forte interesse entre os alunos em diferentes níveis de escolaridade, motivando-os e dinamizando a sala de aula. Entretanto, é importante ressaltar que, a experimentação, por si só, não determina a construção do conhecimento. Segundo Borges [2], conceber que alunos diante de evidências observacionais e experimentais descubram ou redescubram leis e princípios científicos, sem levar em consideração suas idéias sobre o mundo em que vivem, trata-se de uma visão tradicional das ciências - Empirista, onde a observação dos