Atividades complementares
NARRADOR
O foco narrativo de Grande Sertão: Veredas está em primeira pessoa. Riobaldo, na condição de rico fazendeiro, revive suas pelejas, seus medos, seus amores e suas dúvidas. A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história.
A obra, na verdade, apresenta o diálogo entre Riobaldo e um interlocutor, que não se manifesta diretamente. Portanto, só é possível identificá-lo e caracterizá-lo por meio dos próprios comentários feitos por Riobaldo.
ENREDO
Duas grandes guerras são narradas em Grande Sertão: Veredas.
A primeira é protagonizada pelos líderes Joca Ramiro, Sô Candelário, Titão Passos, João Goanhá, Ricardão e Hermógenes contra Zé Bebelo e os soldados do governo. Apanhado, Zé Bebelo é julgado pelo tribunal composto dos líderes citados, dos quais Joca Ramiro é ochefe supremo. Hermógenes e Ricardão são favoráveis à pena capital. No fim do julgamento, porém, Joça Ramiro sentencia a soltura de Zé Bebelo, sob a condição de que ele vá para Goiás e não volte até segunda ordem. Nesse ponto, a primeira guerra chega ao fim.
A paz, então, estabelece-se em todo o sertão. Até que, depois de longo período de bonança, aparece um jagunço chamado Gavião-Cujo, desesperado, e anuncia: “Mataram Joca Ramiro!...”
Começa, então, a segunda guerra, organizada sob novas lideranças: de um lado Hermógenes e Ricardão, assassinos de Joca Ramiro e traidores do bando; de outro, Zé Bebelo – que retorna para vingar a morte de seu salvador, chefiando o bando de