Atividade
29/10/11 Suzano venderá o que puder para reduzir divida.
A disparada do dólar no terceiro trimestre, com a consequente elevação no nível de endividamento, fez o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, mudar o tom de seu discurso sobre a situação da economia mundial e da companhia. Se até agosto, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre, o foco era a necessidade de controle de custos, agora a atenção está voltada para a necessidade de levantar recursos.
"Venderemos tudo o que pudermos para diminuir a dívida até o início da fábrica no Maranhão", afirmou, em referência ao projeto de construção de uma fábrica de celulose em 2013.
A companhia tem como meta manter um nível de alavancagem, definido pela relação entre dívida líquida e Ebitda, de até 3,5 vezes. No terceiro trimestre, contudo, o indicador chegou a 4,2 vezes, ante 3 vezes do segundo trimestre.
A alta foi causada principalmente pelo impacto da valorização do dólar nas dívidas em moeda estrangeira da companhia, mas Maciel aproveitou a situação para avisar que a solidez financeira é prioridade neste momento.
A Suzano registrou no trimestre um prejuízo líquido de R$ 425,564 milhões, ante lucro de R$ 272,847 milhões no mesmo intervalo do ano passado - segundo a empresa, caso o dólar tivesse encerrado o trimestre em R$ 1,70, o resultado líquido da companhia seria neutro. A receita líquida somou R$ 1,229 bilhão de julho a setembro, número 6,1% superior ao do mesmo período de 2010, quando ficou em R$ 1,158 bilhão.
Futuro
A preocupação maior da Suzano não é momentânea, mas sim com 2013, quando a situação das dívidas deve atingir o momento mais delicado, uma vez que os investimentos na fábrica em construção no Maranhão terão sido realizados e o retorno do projeto terá início apenas a partir de novembro. Por isso, a Suzano analisa quais ações adotar para evitar momentos de maior turbulência no futuro.
A iniciativa mais avançada, segundo Maciel, é a