Atividade teórica de sintaxe
Entre as diversas e distintas formas de enunciados, notamos a existência de um conhecido pelo nome de oração que, pela sua estrutura intrínseca, é o mais propenso à análise gramatical, por mostrar de forma mais concisa as relações que seus componentes mantêm entre si. Logo, a gramática tem sua base, seu alicerce, neste tipo de enunciado. Devemos, de antemão, anunciar que o enunciado aparece, também, no formato de frase, cuja estrutura interna difere da oração, uma vez que não apresenta relação predicativa. Ora as palavras simples, ora uma reunião delas, que são transpostas à função do enunciado. Podemos citar como exemplos de frases:
Rápido! Meu deus, que calor!
A oração se caracteriza por ter uma palavra chave, fundamental, que é o verbo (ou sintagma verbal) que reúne, na maior parte dos momentos, duas unidades significativas entre as quais se estabelece a relação predicativa – o sujeito e o predicado:
Sujeito Predicado
André anda.
André não anda.
Comparemos agora as seguintes possibilidades:
Eu ando pela praça às segundas-feiras no horário da manhã.
Eu ando pela praça às segundas-feiras.
Eu ando pela praça.
Eu ando.
Ando.
Nos enunciados acima, o único constituinte essencial é o verbo "ando", sendo assim o núcleo da oração, enquanto os outros constituintes são adjacentes ao núcleo. Esta adjacência não guarda a mesma relação entre os diversos constituintes da oração, pois a relação entre o sujeito eu é mais estreita com o verbo ando que os demais. Mas a relação predicativa pode ser referida a um sujeito, como em "Eu ando" , ou não referida , como "Venta". Logo, nem mesmo o sujeito é um constituinte imprescindível da oração e, consequentemente, da relação predicativa, ainda que vejamos frequentemente a sua presença ao lado do verbo em grande parte, se não praticamente todas, as orações encontradas no português. Em "Venta", o sujeito gramatical é