Atividade lúdica e a criança hospitalizada
A ludicidade no desenvolvimento psicossocial da criança por meio de brinquedotecas tem por objetivo observar como as atividades lúdicas ajudam as crianças a superar o impacto psicológico gerado pelo ambiente hospitalar. A saída delas da rotina de brincadeiras para um lugar estranho, em vez de desenvolverem o lado psicossocial, elas ficam cada vez mais retraídas.
A doença e a hospitalização acarretam, frequentemente, as primeiras situações de crise com as quais as crianças se deparam. Devido ao fato de não disporem ainda de uma maior variedade de mecanismos psicológicos de defesa, durante os primeiros anos de vida, as crianças são particularmente vulneráveis ao estresse decorrente de doenças e hospitalização.
A hospitalização representa uma modificação do estado usual de saúde e da rotina ambiental, e nos primeiros anos as crianças possuem um número limitado de mecanismos de comportamento para resolver os eventos que causam o estresse.
A brincadeira como prática física possibilita que a criança hospitalizada passe de uma situação passiva de doente para outra ativa. Pesquisas constatam que pacientes deprimidos com a internação se alegram a apresentam melhoras após o lúdico orientado.
A internação, ainda que benéfica para o tratamento da criança, oferece situações de sujeição resultantes da rotina hospitalar, as quais podem gerar constrangimentos nas crianças de diversas maneiras, como: a privação da autonomia para andar, comer, brincar, dormir.
O desenvolvimento integral da criança implica em um equilíbrio entre os aspectos socioemocional, biológico e fisiológico. Ressalta-se, também, a respeito da importância das atividades lúdicas; o que ainda se precisa fundamentalmente, dentro do ambiente hospitalar, é de trato humanizado e carinhoso com essas crianças, que, ainda pequenas, passam por situações consideradas estressantes, como é o caso da hospitalização.
A respeito do espaço hospitalar e da hospitalização