Atividade física
1.1. Factores demográficos e biológicos
Sexo e Idade
O sexo e a idade representam importante preditores na distinção das actividades sociais, especialmente, a partir da adolescência, sendo a actividade física um bom exemplo disso. Sallis, Prochacka e Taylor (2000) a partir de uma meta-análise que realizaram sobre diversos estudos relacionados com os determinantes da actividade física em crianças e adolescentes, chegaram à conclusão que a maioria desses estudos demonstra que os rapazes são mais activos do que as raparigas e que a actividade física diminui drasticamente com a idade, sendo esse decréscimo mais notório nas raparigas.
A motivação para a condição física é mais forte entre aqueles que se interessam muito pelo desporto e participam nas actividades dos clubes desportivos. Este motivo para a condição física não é importante para os jovens de 18-19 anos, ou para aqueles desinteressados ou inactivos em desporto.
Estas conclusões têm sérias implicações na forma como promovemos a actividade física nos jovens e ilustra a necessidade de distinguir o desporto, do exercício e da actividade física (Biddle, 2001), direccionando, eventualmente, as intervenções para a promoção de estilos de vida activos e não apenas para o aumento da prática de actividade física mais estruturada.
Numa revisão, Sallis et al. (1993) verificou que, quando usado o auto-registo, 14% dos rapazes referem ser mais activos do que as raparigas, e quando utilizados monitores de frequência cardíaca, 23% dos rapazes são mais activos. De forma mais indirecta, outro estudo reforça a mesma ideia, demostrando que os rapazes participam mais em actividades de risco (e.g. exteriores e desportos) e as raparigas em actividades de lazer de natureza cultural, social e educacional (Weinberg, Tenenbaum, McKenzie, Jackson, Anshel, Grove & Fogarty, 2000).
Mota e Sallis (2002) referindo-se a diversos estudos, afirmam que as diferenças de género podem ser explicadas por