Atividade física e tabagismo
Julio Papeschi
01/11/2010
A organização mundial da saúde aponta o tabagismo como a principal causa de morte evitável do mundo e o tabagismo passivo como a terceira causa de morte evitável ficando atrás somente do alcoolismo (World Health Organization; 2008; INCA, 2009).
Os números que cercam o tabagismo e a indústria tabagista são impressionantes: 1,5 bilhões de indivíduos, maiores de 15 anos, são tabagistas, que consomem mais de 7 trilhões e 30 bilhões de cigarros anualmente, o que equivale a 200.000 quilos de nicotina diária (Rosemberg, 2002; Banco Mundial, 1999; Clinical Practice Guideline Treating Tobacco Use and Dependence 2008), que causam impactos ambientais e sócio-econômicos monstruosos. (Ministério da Saúde 2004)
No Brasil, o número de fumantes ultrapassa os 27 milhões, e o número de cigarros consumidos mais de 150 bilhões de cigarros por ano. Dados do sistema único de saúde de 2005, relatam gastos na ordem de R$ 338.692.516,02 em custos diretos de internações por doenças ocasionadas pelo consumo de alguma forma de preparado de tabaco, como cigarro, cachimbo, narquilé, mascado, rapé, entre outras. (Araújo, 2008). Previsões alarmantes dão conta de que no ano de 2020 aproximadamente 30 milhões de pessoas morrerão por ano vítimas de doenças causadas pelo tabagismo. No Brasil esse número beira a casa dos 200.000 anuais. (Pinto et al., 2010, Ministério da Saúde, 2004; INCA, 2009).
Crianças e jovens merecem atenção especial. Filhos de pais fumantes desenvolvem um risco muito maior de serem tabagistas do que aqueles que não possuem pais fumantes (Ling et al., 2004). Estima-se que mais da metade das crianças no mundo estejam expostas à poluição resultante da fumaça do tabaco. A idade média do início do tabagismo é por volta dos 13 anos (Galduróz et al., 1997). Sasco et al. 2002, encontrou correlação negativa entre a prática de exercícios e o tabagismo em pré-adolescentes. Outros pesquisadores também encontraram