Atividade física e estado de saúde mental de idosos
IPrograma de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, SC, Brasil
IIPrograma de Pós-Graduação em Enfermagem. UFSC. Florianópolis, SC, Brasil
Correspondência | Correspondence
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a associação entre nível de atividade física e o estado de saúde mental de pessoas idosas.
MÉTODOS: Inquérito de base populacional com amostragem probabilística, incluindo 875 idosos da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, em 2002. Foram aplicados os questionários: Internacional de Atividades Físicas e Brazil Old Age Schedule. Os problemas de saúde mental avaliados foram depressão e demência, além da prática de atividade física total (lazer, ocupação, deslocamentos e serviços domésticos). Após análises descritivas e bivariadas, realizou-se análise ajustada por meio de regressão logística, com ajuste para os fatores de atividade física total, atividade de lazer, escores de depressão e demência.
RESULTADOS: Verificou-se associação estatisticamente significativa e inversa de demência e depressão com atividade física total e atividade física no lazer. A odds ratio ajustada para demência entre os sujeitos sedentários para atividade física total comparada à dos ativos foi de 2,74 (IC 95%: 1,85; 4,08), enquanto o respectivo valor para depressão foi de 2,38 (IC 95%: 1,70; 3,33).
CONCLUSÕES: Os resultados reforçam a importância de estilo de vida ativo para prevenção de problemas de saúde mental de idosos. Infere-se que a atividade física tem conseguido reduzir e/ou atrasar os riscos de demência, embora não se possa afirmar que a atividade física evita a demência.
Descritores: Idoso. Saúde Mental. Exercício. Aptidão Física. Envelhecimento. Inquéritos de Morbidade.
INTRODUÇÃO
No século XX, principalmente após a década de 50, ocorreu uma mudança na pirâmide etária mundial.