Atividade Física e Doenças hipocinéticas.
Quando a gente olha para recém-nascidos, parecem iguais, não é mesmo? Qual é o menino e qual é a menina? Se não fosse pela cor dos sapatinhos – azul para ele e rosa para ela –, não se conseguiria dizer qual o sexo dos bebês. Pois é, as aparências enganam.
Alguns cientistas acham que já nascemos com grandes diferenças – e não apenas nos órgãos sexuais.
Os meninos nasceriam quatro a seis semanas atrasados em relação às meninas, com menos coordenação e menos desenvolvimento psicomotor. Mas elas nasceriam com cérebros menores, o que poderia significar menos inteligência. Qual é a verdade? O que é preconceito?
"As diferenças de idade não existem porque eles têm a mesma idade. Mas a gente percebe que uma menina com 5 anos tem mais maturidade do que um menino de 6. Parecia que o mundo ia acabar se ele não mamasse quase 40 minutos. Ela mamava dez minutinhos e estava bom. Não quer dizer que hoje ela coma menos do que ele, muito pelo contrário", conta a comerciante Andrea Monteiro, mãe de João Vítor e Júlia.
Necessidades diferentes, mudanças na vida da mãe. E o cérebro dela acompanha – também se modifica! – para proteger os filhos. Perpetuar a espécie: para isso a natureza dá novas e maiores capacidades para a mulher quando ela tem filhos.
"Essa capacidade de reconhecer a localização da prole, os cheiros, nasceu lá atrás, há muitos milhões de anos", diz o neurocientista Geraldo Possendoro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
No tempo dos dinossauros, os filhos já eram reconhecidos pelos sons e cheiros, graças a uma estrutura do cérebro chamada giro do cíngulo. Machos e fêmeas de muitas espécies desenvolvem capacidades estimulados pela maternidade e paternidade, e assim podem identificar, cuidar, alimentar os filhos – uma divisão de tarefas de igual para igual.
São mães e pais se aprimorando ao longo dos tempos para entender as diferenças entre eles e elas e atenuar essas diferenças em casa. Mas e na