A atividade física é um comportamento que, juntamente com a genética, nutrição e o ambiente, contribuem para que o indivíduo atinja seu potencial de crescimento, desenvolva plenamente a aptidão física e tenha como resultante um bom nível de saúde. A atividade física regular é associada com benefícios à saúde imediatos e em longo prazo tais como: controle do peso, melhora da capacidade cardiorespiratória e bem estar psicossocial. Crianças ativas têm mais chances de virem a ser adultos ativos embora os níveis de atividade física diminuam com a evolução do crescimento e desenvolvimento. A inatividade física na infância e adolescência está se tornando um grave problema de saúde pública em função da sua associação com obesidade na infância e piores níveis de saúde na idade adulta. O estado nutricional, por sua relação direta com a aptidão física, desempenha papel fundamental no padrão de atividade de crianças e adolescentes. Crianças obesas e desnutridas apresentam menores níveis de atividade física comparativamente a eutróficas em todas as faixas etárias. Com a diminuição da prevalência de desnutrição, fenômeno de transição nutricional, verificam-se piores níveis de aptidão física e atividade física em crianças classificadas como desnutridas pregressas, no desempenho em testes de velocidade, agilidade, força abdominal e de membros superiores e inferiores e também, capacidade cardiorespiratória. O gasto energético, decorrente da atividade física em crianças com excesso de peso é maior quando comparado a crianças com peso adequado. Entretanto, a fadiga é mais precoce. Em outras palavras, o esforço das crianças obesas pode ser até o dobro que o das não obesas, por unidade de tempo, favorecendo uma maior predisposição à inatividade física entre estas crianças. Além disso, estão mais sujeitas a lesões e alterações posturais, como valgismo e escoliose; lesões por excesso de uso, como osteocondrites e epifisites, além de macrotraumas como estiramentos, torções e