ATIVIDADE EXTRA CLASSE
Marina Sousa Lima
Graduação em andamento em Antropologia1
Universidade Federal de Roraima
A antropologia se institucionaliza como ciência num contexto de neopositivismo, marcado por expansões neocoloniais. No campo científico, a necessidade de se fazer ciência esteve relacionada à preocupação de alguns cientistas de elaborar um método que definisse os estudos antropológicos para desvendar as relações sociais de “sociedades primitivas”. As próprias expedições eram financiadas por coroas e governos dos países invasores. Nesse sentido, os estudos tiveram cunho evolucionista e buscavam, por meio de análises em escala- primitivo, bárbaro, civilizado-, compreender essas sociedades. O tripé que marca a institucionalização da Antropologia como ciência é composto pela necessidade de se fazer ciência no contexto neopositivista, pelas expedições neocoloniais e pela escola evolucionista. Emerge dessa combinação de fatores os estudos de parentesco, que forneciam o arcabouço de esquemas, classificações, sistemas logicamente fechados necessários a um campo do conhecimento que pretendia se firmar como ciência. Para Woortmann (1977) a “extravagância” da instituição do parentesco percebida por europeus em sociedades africanas, polinésias, chinesas, etc., foi o que despertou o olhar para esses estudos, mesmo que muitos deles buscassem demonstrar a “racionalidade” nativa como equivalente a do europeu civilizado. Sendo assim, os sistemas representativos dessas relações eram elaborados a partir das observações empíricas realizadas em pesquisa de campo. O autor afirma que duas escolas elaboram os mais influentes estudos acerca do parentesco. A primeira, cronologicamente falando, foi o funcional-estruturalismo britânico e a segunda o estruturalismo de Lévi-Strauss (1976). A fim de ilustrar as principais teorias do parentesco, suas diferentes abordagens metodológicas e as particulares