ATIVIDADE: ETNOCENTRISMO

Sócio-antropologia, Cultura e Escola.
Denis Domeneghetti Badia

ATIVIDADE: ETNOCENTRISMO

Texto:

Segundo o conceito antropológico, etnocentrismo é o que ocorre quando um determinado indivíduo ou grupo de pessoas que têm os mesmos hábitos e carácter social discrimina o outro, julgando-se melhor ou pior, seja por sua condição social, diferentes hábitos ou até mesmo religião. Do ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a dificuldade de pensar diferente, de ver o mundo com outros olhos.
Tratando-se de etnocentrismo me saltou os olhos ao ler uma matéria relacionada à cultura dos ciganos, publicada no “folha teen” em dezembro de 2005, a jornalista Lucrecia Zappi descreve como eles vivem, de forma como se aquilo fosse o “errado” e a nossa cultura a “correta ou a ideal”, ou seja, o mundo do “eu” é a melhor, a superior representada como o espaço da cultura e da civilização por excelência.
As idéias apresentada pela jornalista, são uma espécie de “conhecimento” um “saber”, baseado em formulações ideológicas, que no fundo transforma a diferença pura e simples num juízo de valor perigosamente etnocêntrico.
Assim sem ao menos realizar uma pesquisa de campo mais aprofundada, sem ver que as verdades da vida são menos uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição, a jornalista compreende os ciganos nos seus próprios valores e não nos valores deles.
E ao concluir a matéria é dedicado um espaço para julgar que os ciganos “vivem fora da lei”, utilizam-se o que Pierre Boudieu chama de Violência Simbólica assim como José Carvalho cita em seu trabalho: “Violência simbólica é quando privelegia-se um referencial teórico- prático que segue o padrão da racionalidade técnica”, escolhendo-se assim, o único tipo de cultura e educação com ele compatíveis, declarando-se “outras” as culturas diferentes com orientações incompatíveis com o referencial escolhido procuram-se reduzi-las nas suas especificidades e diferenças tornando-as mais diferentes do