Atividade de prática como componente curricular
Falar da nossa vivência escolar nos faz avaliar o professor que desejamos ser e a lembrança que deixaremos para muitos alunos. Um professor é mesmo capaz de mudar a vida de um aluno, de influenciar a sua vida profissional, de despertar interesses antes inexistentes. E é esse profissional que desejo ser, aquele que faz a diferença, que deixa um marco na vida do aluno, aquele que consegue ensinar sem frustrar, que consegue fazer despertar a vontade pelo aprendizado, pelo novo. O professor deve interagir com o aluno, deve ser capaz de reconhecer as habilidades de cada um como indivíduo próprio e utilizar diferentes métodos para atingir cada aluno individualmente.
Não acho utopia ser um professor como este. Tenho certeza que mediante as dificuldades, a falta de incentivo, de reconhecimento, os baixos salários, as muitas horas de jornada do professor brasileiro, só escolhe essa profissão quem tem muito amor e vontade de lecionar. E por que a maior parte, a maioria quase que absoluta dos professores brasileiros ainda ensina na base da decoreba, ensina apenas para o aluno cumprir com a obrigação da prova? Oferecem uma aula emoldurada, não conseguem respeitar a individualidade de cada aluno, não conseguem estimular a vontade de aprender e pesquisar que tanto faz a diferença?
Discutir a conduta dos nossos professores pode nos remeter a uma avaliação do nosso sistema educacional. É notório os desvios de verbas destinados a educação no Brasil afora. É preciso dar aos professores as condições necessárias para que ensinem. Isso é o começo de tudo. Parece óbvio, mas não é, já que sai governo, entra governo, nossos professores, principalmente da rede fundamental, infantil e nível médio permanecem sem um plano de carreira e sem a estrutura e apoio de outros profissionais: psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, fonoaudiólogos, secretárias, inspetores. Visitar a maioria das escolas é testemunhar a carência de recursos humanos de todos os