Atividade de Lingu stica Descritiva
FACULDADE DE LETRAS
Bacharelado em Estudos Literários
Introdução à Linguística Descritiva
Professora Maria Suelí
Prova
Linguística Descritiva
Herick Martins Schaiblich
Turma E
1 – O que é língua? Como se estuda uma língua para saber mais que um usuário?
Para não fazer simplesmente um tratado das concepções que mais preponderam nas mentes dos linguistas, passando pelas bases teóricas mais acessadas, como Saussure e Chomsky, tentarei, como iniciante nos estudos linguísticos, expor o que é para mim a língua, mas sempre me baseando nos conhecimentos que já adquiri. Considero importante identificar a língua em si como algo inteiramente abstrato, mas que se materializa por meio da fala. Já aqui abre-se para uma discussão prolífera, que poderia questionar o fato a língua só ser apreensível por meio do contato do indivíduo com uma comunidade linguística, ou seja, pela fala; dessa forma, a noção poderia ser invertida: da fala que materializa a língua em som, para a língua que seria na realidade uma abstração da fala feita pouco a pouco pelo falante desde que nasce, ou das relações de fala com as quais a pessoa tem contato. Essas ponderações reverberam na questão sempre discutível de a língua ser também algo imanente, ou seja, uma característica naturalmente interior ao ser humano. Chomsky propõe isso, dizendo que há uma predisposição biológica no ser humano para adquirir a capacidade de se relacionar com outros pela língua tal como a conhecemos. Não é necessária discussão nenhuma para salientar-se que fisicamente somos perfeitamente capazes de realizar a fala, embora entre os linguistas seja consensual a ideia de que os instrumentos físicos responsáveis por colocar a fala em prática – a língua, as cordas vocais, a boca, etc. – têm, antes, uma necessidade mais urgente do que “falar” propriamente. Rodar em torno dessas questões pode ser caminho aberto para discussões intermináveis, que poderiam partir para um viés biológico e