Atividade Complementar
16/01/2014 2:36 pm
Por trás do aumento assombroso de prisões femininas na América Latina
A grande maioria dessas mulheres está presa por crimes relacionados às drogas, normalmente envolvidas nos mais baixos escalões do narcotráfico.
Entre 2006 e 2011, a população carcerária feminina na América Latina dobrou, crescendo de 40 mil para mais de 74 mil internas. A grande maioria dessas mulheres está presa por crimes relacionados às drogas. Estimativas variam entre:
- 75-80% no Equador
- 30-60% no México
- 64% na Costa Rica
- 60% no Brazil
- 70% na Argentina
- Mais de 90% de estrangeiras presas na Argentina estão encarceradas por narcóticos
Enquanto a América Latina lidera internacionalmente a reforma de leis sobre drogas, muitas leis nacionais são incrivelmente pesadas. Em alguns países latino-americanos, sentenças para ofensas relacionadas a drogas podem chegar até a 30 anos de prisão, várias vezes sem distinção entre pequenos delitos e envolvimento no crime organizado.
As detenções têm consequências trágicas para o sistema prisional, já superlotado, e para as vidas dessas mulheres (Luis Argerich/Wikimedia Commons)
Está claro hoje que nossas estratégias legais punitivas são injustas e não conseguiram alcançar as metas propostas por legisladores: proteger a saúde e aumentar a segurança pública.
Mulheres estão normalmente envolvidas nos mais baixos escalões do narcotráfico, e muitas mais vezes se envolvem para poderem colocar comida na mesa de seus filhos, de acordo com o novo relatório escrito por Corina Giacomello para oConsorcio Internacional de Políticas de Drogas, intitulado,Mulheres, Ofensas de Droga e o Sistema Penitenciário na América Latina.
A criminalização dessas mulheres praticamente não afeta o tráfico de drogas. Quando são presas, são facilmente substituídas e as estruturas criminais permanecem basicamente intactas.
Porém, as