Atividade Cafeeira no Brasil
A decadência da mineração e a crise da cultura do açúcar fizeram com que um outro produto surgisse no mercado – o café.
A trajetória do café no Brasil se iniciou em 1727. Como não havia plantas nem grãos no território brasileiro, os portugueses enviaram o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta para pedir ao governador da Guiana Francesa algumas mudas. O pedido foi negado, mas no seu retorno o jovem oficial encontrou entre um ramo de rosas, enviado pela esposa do governador, sementes escondidas. A partir de uma história de sedução, surgiu a atividade cafeeira no Brasil. Era o início da expansão do café. Do Pará, por volta de 1779, a cafeicultura chega ao Rio de Janeiro, espalhando-se pelo Vale do Paraíba.
A lavoura cafeeira desenvolveu-se com base na monocultura, voltada para a exportação (plantation). As fazendas de café se caracterizavam em pequeno, médio e grande porte de acordo com o número de pés de café plantados. As fazendas de grande porte apresentavam mais de um milhão de pés, as de médio tinham 500 mil e as de pequeno, 100 mil.
As fazendas de café utilizavam mão-de-obra escrava negra africana. A maioria dos escravos trabalhava na produção do café, mas a relação entre o Barão de Café e seus familiares, com os escravos também era social, pois alguns realizavam trabalhos domésticos na Casa Grande.
A produção cafeeira se destinava aos Estados Unidos, a Inglaterra e a França. O transporte da produção era no início feito por mulas até o porto. Em 1864, com a chegada das ferrovias, o transporte ficou mais fácil, permitindo um melhor escoamento da produção.
O plantio do café se dava nas partes altas do terreno. Antes do plantio, para o preparo do solo, praticava-se a derrubada da mata e queimada de resíduos florestais. No momento em que o solo não dava mais uma boa produtividade, por causa do seu esgotamento e empobrecimento, aquela área era abandonada e a agricultura avançava para novos terrenos