Atividade antioxidante e teor de fenólicos totais em hortaliças orgânicas e convencionais
Artigo de referência:
ARBOS, K. A.; FREITAS, R. J. S.; STERTZ, S. C. DORNAS, M. F. Atividade antioxidante e teor de fenólicos totais em hortaliças orgânicas e convencionais. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas , v. 30, n. 2, Junho 2010.
O sistema de produção de frutas e hortaliças denominado de convencional baseia-se na utilização intensiva de insumos químicos (agrotóxicos), mecanização pesada e melhoramento genético voltado para a produtividade física. Tem como foco principal a produtividade, e vem sendo muito questionado, em função da divulgação de aspectos negativos, tais como esgotamento dos recursos naturais, degradação ambiental, exclusão social, elevação dos custos de produção, contaminação dos alimentos por agrotóxicos e redução de sua qualidade.
O resultado dessa divulgação tem sido a busca dos consumidores por dietas mais saudáveis, como frutas e hortaliças, e sem riscos para a saúde, materializada no crescimento da produção de alimentos orgânicos, aqueles que são produzidos sem a utilização de agrotóxicos.
O consumo regular de frutas, verduras e hortaliças de fato proporciona à saúde do homem. Estudos epidemiológicos têm demonstrado que o efeito protetor exercido pelo consumo desses alimentos se deve à presença de componentes bioativos como a vitamina C, vitamina E e fitoquímicos com ação antioxidante, dentre os quais se destacam os compostos fenólicos, β-caroteno e vários outros carotenóides. O teor de fitoquímicos em hortaliças é amplamente influenciado por fatores genéticos, condições ambientais, sistema de produção, além do grau de maturação e variedade da planta, entre outros.
Estudos têm mostrado que os alimentos produzidos organicamente têm tendência a possuírem menor teor de nitrato, maior teor de vitamina C e matéria seca, bem como maior teor de compostos com ação antioxidante, tais como flavonóides e carotenóides. Assim, o estudo objetivou