Atividade 3.1
As mudanças que vêm ocorrendo no seio da sociedade, especialmente na última década, tem-nos levado a refletir que, os conhecimentos, valores e procedimentos transmitidos são essenciais para a vida em sociedade. Porém podem transformar-se em paradigmas inadequados em relação à própria evolução da sociedade. Estamos vivendo em uma era, na qual, em função do avanço na tecnologia e do processo de globalização, somos desafiados diariamente a conhecer novas ferramentas de trabalho, incorporar novos conhecimentos, estabelecer novas estratégias de ação. A visão mecanicista/reducionista de mundo, fundamentada num modo de proceder que se constitui pela modernidade, fruto do racionalismo científico possibilitou o desenvolvimento científico-tecnológico atual. Entretanto, tomar essa visão como explicação completa, provocou uma tendência imparcial do pensamento humano, levou a uma ponto de vista de sociedade competitiva, à crença no progresso material sem limites, ao conhecimento (ciência) determinado por influência alheia, cheio de certezas, desencadeando controle cada vez maior do homem sobre a natureza, a exclusão e alienação da maioria dos seres humanos e a uma "crise planetária". "Em vez de produzir as transformações necessárias para o desenvolvimento harmonioso do ser humano, (...) continua gerando padrões de comportamento preestabelecidos, como base em um sistema de referência que nos ensina a não questionar, a não expressar o pensamento divergente, (...) a ter certeza das coisas" (Moraes, 1997: p,50). Se por um lado, a visão reducionista que considerou o mundo físico-químico-biológico e cultural fundamentada no paradigma mecanicista produziu avanços científico-tecnológicos imensos, por outro, alienou o ser humano da natureza e de seus próprios semelhantes. Produzindo uma distribuição desigual de recursos naturais e culturais. Esse modelo tornou-se tão