As defluências das revoltas da plebe para a Republica Romana A disparidade entre os direitos dos patricios e dos plebeus e as revoltas decorrentes deste fato, levaram a Roma a ser palco de diversas mudanças importantes. No tempo da Republica, dois fatos merecem destaque: o reconhecimento do Tribunato da Plebe e a criação das Leis das XII Tábuas. A relevância desses acontecimentos não é apenas histórica, levando em conta que faz parte do desenvolvimento de uma das mais importântes civilizações da humanidade, mas é também jurídica, já que o Direito vigênte no Brasil tem suas bases no Direito Romano. Essa distinção da população de Roma, se baseava na origem de cada grupo. Os patrícios eram os decendentes dos primeiros chefes de familia, fundadores da cidade que tinham grandes poderes e influência em Roma nos seus primordios, os chamados "pater". Eram considerados então os verdadeiros cidadãos romanos, que detinham todo poder político e a exclusividade nos altos cargos, principalmente nos publicos e religiosos. Em contrapartida, os plebeus seriam os vencidos de guerras e os estrangeiros que se instalaram na cidade. Eram homens livres, mas não eram considerados cidadãos romanos, não sendo titulares de direitos, mesmo que constituissem a maior parte da população. Não podiam se quer formar famílias legalmente reconhecidas, as chamadas Gens, não podiam cultuar seus deuses e viviam uma vida de incertezas, sendo taxados de altos impostos e ameaçados constantemente pela escravidão por dívidas. O descaso com os direitos dos plebeus e as dificuldades que eles encontrantravam em virtude disso levaram ao surgimento de um forte sentimento de insatisfação por parte dessa parcela do povo, que não tinha a devida representação, não podia ocupar altos cargos, como os dos pontífices, e demais direitos que deveriam ser de todos os cidadãos romanos, mas que não o eram. A inadimplência de tal foi o que levou aos plebeus se retirarem da cidade em direção ao Monte Sagrado, que