Aterros sanitários e créditos de carbono - uma oportunidade para ajudar a resolver um problema ambiental
Luiz Edmundo Costa Leite
Jose Henrique Penido Monteiro
Os prejuízos causados ao meio ambiente pelos lixões ou vazadouros irregulares significam sempre grandes problemas para as administrações municipais. Seu aspecto desagradável e o mau cheiro que deles exala depõem contra a administração dos prefeitos de cidades onde o lixo não é disposto corretamente. Do ponto de vista ambiental, os lixões são uma verdadeira calamidade, causando a contaminação do solo, da atmosfera e dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, além de propiciarem permanentes riscos de geração de epidemias, de incêndios e de desmoronamentos.
Em decorrência da má gestão da limpeza urbana, especialmente quanto à disposição final do lixo, diversos prefeitos têm sido diretamente responsabilizados pelos órgãos ambientais, pelos tribunais de contas e pelos ministérios públicos, estadual e federal.
A procura da solução do problema da disposição final do lixo urbano através da implantação de usinas de reciclagem ou de incineração, apesar das ofertas mirabolantes de fabricantes, não se mostram exitosas, pois são instalações que exigem grandes investimentos e envolvem dificuldades operacionais que as prefeituras não conseguem enfrentar em função de suas carências financeiras e de pessoal especializado.
A alternativa mais barata e simples para a disposição final dos resíduos é, definitivamente, o Aterro Sanitário, desde que bem construídos e operados. São instalações que não poluem, não exalam maus odores, e que após o encerramento de suas operações de recebimento de lixo, podem ser aproveitados para receber campos de esporte ou parques públicos.
Um lixão pode ser eliminado ou pela sua transformação em aterro sanitário ou pelo seu encerramento, de forma ambientalmente adequada, devendo-se, neste caso, implantar um novo aterro para a cidade. Estas iniciativas esbarram, porém,