Aterro Sanitário x Lixão Mariana Bezerra Meirelles Segundo dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) de maio de 2011, o nosso país descarta a maior parte do lixo produzido de forma incorreta. Cerca de 1.600 municípios brasileiros depositam seus resíduos em lixões ao invés de aterros sanitários. Lixão nada mais é que um grande espaço destinado apenas a receber o lixo. Não há um planejamento para abrigar esse lixo de forma menos agressiva ao meio ambiente e os resíduos ficam literalmente a céu aberto. Faz-se necessária uma conscientização imediata por parte da população brasileira, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que levam mais de 80% de seus resíduos para lixões. Já um aterro sanitário, é o espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. Esses resíduos são provenientes de residências, indústrias, hospitais, construções e consiste em camadas alternadas de lixo e terra que evita mau cheiro e a proliferação de animais. Um aterro segue princípios da engenharia de confinar resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume possível também, cobrindo-os com uma camada de terra. Deve ser impermeabilizado, possuir acesso restrito, ter a quantidade de lixo controlada e conhecer que tipos de resíduos estão sendo depositados. Em aterros sanitários, gases também são liberados e podem ser aproveitados como combustíveis, o que pode trazer benefícios financeiros. Outras maneiras ambientalmente mais viáveis são a reciclagem, a compostagem, a reutilização e a redução. No ano de 2010, uma grande tragédia ocorreu no estado do Rio de Janeiro. A comunidade do Morro do Bumba, em Niterói, foi construída em uma área onde funcionava um antigo lixão. A área era bastante suscetível a deslizamentos porque havia grande ocupação irregular do solo, além dos riscos de contaminação com o lixo e de explosões devido aos gases liberados