ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AO FAMILIAR DE PACIENTE COM ELA
Família
O cuidado e apoio ao familiar acometido por
ELA, frequentemente, transforma-se em uma sobrecarga significativa para a família
(BORGES, 2003).
“As famílias devem fazer o luto pela perda da vida costumeira que tinham enquanto unidade familiar antes da doença”. (ROLLAND,
1998, p. 171).
“O cuidador também precisa ser cuidado por alguém (um familiar, um profissional de saúde) ou por uma rede (grupo de familiares portadores da mesma doença, equipe de saúde, grupo religioso, associação de moradores, outros) que lhe ofereça suporte, proporcionando proteção e apoio, para compartilhar suas tarefas, sentimentos, angústias, medos, fantasias, dúvidas, experiências, para que assim seu desempenho como cuidador seja facilitado de algum modo”
(Campos, 2005, p. 42).
As famílias atravessam três fases distintas comuns ao estágio terminal da perda antecipada (Rolland, 1998) :
Fase da chegada
• Trata-se da conscientização da irreversibilidade da doença do seu ente querido. Fase carregada de sentimentos de culpa já que a família pode sentir-se fracassada por ter perdido a luta contra a doença; Fase aqui e agora
• É o período de espera pela morte eminente que se mistura com o cansaço do paciente e da família e surge com sentimentos ambíguos: querer a morte (entendido como descanso) X evitação da morte (culpa);
Fase da partida
• Período no qual as famílias devem ser encorajadas à despedirem-se do ente querido, fazendo uma elaboração dos assuntos pendentes e um resgate dos bons feitos até aquele momento.
“Muitas famílias, raramente, vivenciam situações vinculadas ao Luto Antecipatório.
Este evento ocorre geralmente pelo fato destas pessoas ficarem paralisadas na fase da negação e/ou na crença de que o paciente possa vir a melhorar de seu estágio terminal.”
(ROLLAND, 1998, p. 167).
De acordo com Zarit (1997), há a seguinte conclusão, em relação a saúde dos cuidadores:
Apresentam