Atendimento pré hospitalar
Marcelo Talasso Salim
Médico Especialista em medicina de tráfego pela ABRAMET (Associação Brasileira de Acidentes e Medicina de Tráfego)
Há hoje no Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU-RESGATE), ou resgate do bombeiro como é conhecido pela população leiga, perigosa inversão de valores onde o bombeiro com formação básica em primeiros socorros, coloca-se a frente de casos que, na maioria das vezes, são de resolução médica, levando a própria população a crer que o bombeiro é o profissional indicado para solucionar problemas de saúde, além da própria imprensa que, como de costume, joga a população contra a classe médica em suas reportagens sensacionalistas e, inclusive em reportagens sobre acidentes automobilísticos e traumas em geral nas quais citam condutas tomadas por bombeiros referentes até a medicação feita no local do acidente dando a impressão que este profissional é habilitado para, além de partos, também aplicar drogas que só podem ser prescritas por médicos. Em momento algum este artigo pretende denegrir a imagem do bombeiro, o que seria absurdo além de grande calúnia, visto que este profissional guarda grande carinho e respeito por toda a sociedade pelo herói que sempre foi desde a criação desta gloriosa instituição: o Corpo de Bombeiros. Contudo, na área de atendimento pré-hospitalar, é aviltante a situação na qual são colocados os médicos do SAMU-RESGATE, serviço este criado por um médico. É bastante comum em situações de emergência, na qual temos vidas humanas em risco, o bombeiro contestar a conduta do médico bem como discutir casos clínicos com este no local da ocorrência ou no COBOM (Central de Operações do Bombeiro) onde se tem um médico regulador habilitado ao exercício da medicina pré-hospitalar e responsável pelo encaminhamento dos pacientes para hospitais de referência que estejam em melhores condições de atendimento quer sejam vítimas de acidentes, ou que possuam alguma