Ateismo
O termo ateísmo, proveniente do grego clássico ἄθεος (transl.: atheos), que significa "sem Deus", foi aplicado com uma conotação negativa àqueles que se pensava rejeitarem os deuses adorados pela maioria da sociedade. Com a difusão do pensamento livre, do ceticismo científico e do consequente aumento do criticismo à religião, a aplicação do termo foi reduzida em seu escopo. Os primeiros indivíduos a identificarem-se como "ateus" surgiram no século XVIII.[8]
Os ateus tendem a ser céticos em relação a afirmações sobrenaturais, citando a falta de evidências empíricas. Os ateus têm oferecido vários argumentos para não acreditar em qualquer tipo de divindade. Estes incluem o problema do mal, o argumento das revelações inconsistentes e o argumento de descrença. Outros argumentos do ateísmo são filosóficos, sociais e históricos. Embora alguns ateus adotem filosofias seculares,[9][10] não há nenhuma ideologia ou um conjunto de comportamentos a que todos os ateus aderem.[11] Na cultura ocidental, assume-se frequentemente que os ateus são irreligiosos embora outros ateus sejam espiritualistas.[12] Ademais, o ateísmo também aparece em certos sistemas religiosos e de crenças espirituais, como o jainismo, budismo e hinduísmo. O jainismo e algumas formas de budismo não defendem a crença em deuses,[13] enquanto o hinduísmo mantém o ateísmo como um conceito válido, mas difícil de acompanhar espiritualmente.[14]
Como as conceções sobre o ateísmo variam, é difícil determinar quantos ateus existem no mundo atualmente.[15] Segundo uma estimativa, cerca de 2,3% da população mundial descreve-se como ateia, enquanto 11,9%