Ata dos mártires - história da igreja primitiva
Os mártires da Igreja: uma breve antologia
1. Premissa: Os Mártires, testemunhas e mestres de fé
Os nossos dias exigem muita coragem para viver. Há tantos motivos de preocupação e tantas angústias, mesmo se, no fundo, é também belo viver neste tempo, tão cheio de esperanças de um futuro mais sereno e mais humano. Muitos arriscam a vida, também, para defender suas idéias e sua liberdade, e não faltam exemplos luminosos de heroísmo.
O cristão é levado, igualmente, a arriscar para permanecer tal. Não será verdade, talvez, que em algumas partes da humanidade ainda existe opressão e perseguição, levando os que desejam permanecer fiéis a Cristo a viverem escondidos, como no tempo das perseguições? E, muitas vezes, quando descobertos, pagam com a vida.
Mesmo onde não se chega a tanto, há sempre uma perseguição latente: somos boicotados, colocam-nos mil obstáculos, somos ridicularizados só porque queremos viver seriamente como cristãos! Essa perseguição, entretanto, não é novidade. Desde quando Cristo foi colocado numa cruz, teve início uma longa história que já dura dois mil anos: a história dos mártires cristãos, que jamais conhecerá a palavra "fim". Ele disse: "Se me perseguiram, perseguirão também a vós". É uma nota característica e perene da Igreja de Cristo: ela é Igreja de Mártires.
Existem, porém, algumas páginas nessa história que merecem uma grande atenção, e são as que se referem aos mártires dos primeiros séculos da Igreja Cristã, quando o sangue foi derramado em grande abundância.
É muito útil, e até necessário, voltar a essa história (mas atenção: é história verdadeira, não lenda; história documentável, não fábulas ou mitos), porque é uma história que se torna escola: nela aprenderemos a ser também intrépidos na profissão da fé e corajosos na superação das provas do nosso martírio, qualquer que ele seja.
2. Os Atos dos Mártires
Os Atos dos Mártires são documentos oficiais e os mais antigos da Igreja das perseguições.