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A desmistificação que foi proposta no item anterior será viabilizada através da análise de dois filmes selecionados pelos seguintes critérios: interesse pela temática, relevância no cenário internacional – Blood Diamond acabou por publicizar para o lado de cá do mundo uma situação até então desconhecida do grande público –, local (território) de produção, recorte temporal que compreendesse um período de Guerra Civil (para operacionalizar a crítica sobre o pré-conceito) e o conteúdo das imagens. Não foram achados na pesquisa dados referentes a um mercado de cinema ou uma indústria no país, embora, se tenha achado muitos documentários (produções estrangeiras ou co-produções) sobre a temática dos diamantes de sangue,o que nos dá indícios de que não há um estímulo à produção local de cinema, dado que não há histórico ou sinais de uma emergência de um cinema leonense. Dos docs sobre a temática da guerra civil em Serra Leoa, sob o signo dos diamantes, podemos citar: Blood on the Stone e Cry Freetown, de Sorious Samura; Bling: A Planet Rock, de Raquel Cepeda; Blood Diamonds, do History Channel e The Diamond Road, produção canadense. O PND já atuou como financiador de mais de uma produção sobre o tema[6] .

Passemos à análise por filme e por ordem cronológica começaremos com Cry Freetown.

Cry Freetown

Foi escolhido dentre muitos outros por ter sido o único relatado como produção nacional após busca na web e na bibliografia encontrada sobre a produção cultural no país. Fala-se em música, em festas, em moda, mas não em cinema e isso chama bastante a atenção. É verdade que se trata de uma co-produção canadense, inglesa e leonesa. Não devemos esquecer que “o vídeo documentário se caracteriza por apresentar determinado

acontecimento ou fato, mostrando a realidade de maneira mais ampla e pela sua extensão interpretativa.”[7]

O documentário de 30min (média metragem), em co-produção com a BBC, realizado por Sorious Samura, jornalista local; o doc. nos traz um ponto

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