Astros
De acordo com Hollanda Filho (1994), o rompimento de um estado de forte protecionismo, desencadeado no inicio na década de 90, mediante o processo de abertura comercial, acabou por impulsionar a modernização da indústria automobilística brasileira.
Segundo o autor, a política protecionista do setor prolongou-se por um período demasiadamente extenso, fazendo com que as montadoras instaladas no país não absorvessem mais cedo as inovações revolucionárias que se difundiam em nível mundial.
A concorrência, a necessidade de integrar-se aos mercados externos e de competir com os veículos importados fizeram com que as montadoras brasileiras investissem em inovações tecnológicas, principalmente, em equipamentos produtivos da área eletrônica. Isto explica o elevado volume de investimentos feitos pelas mesmas durante a década de 90.
Uma das formas de inovação - a automação industrial - permitiu às montadoras nacionais utilizar vários equipamentos assistidos por computador, destacando-se um expressivo número de novos robôs que passaram a realizar um rol de rotinas antes exercidas por trabalhadores, como, por exemplo, as atividades de solda, pintura etc. A automação permitiu, ainda, que novos padrões de qualidade do produto fossem alcançados.
Além dos robôs, outros equipamentos passaram a compor o setor, destacando-se:
· Computadores para gerenciamento de informações, programação e controle da produção;
· Máquinas-ferramenta CNC (comando numérico computadorizado), especialmente na usinagem;
· Controladores programáveis (CP ou CLP) para comando de painéis, linhas de montagem;
· Sistemas de transporte automático e flexível de materiais ou chassis (FTS/AGV), bem como sistemas de movimentação e armazenagem controlados por computador;
· Sistemas para desenhos e manufatura assistidos por computador (CAD/CAM) para agilização dos projetos de produtos e processos e para interligação entre a programação e a fabricação.
Uma outra mudança