Astronomia257
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a s t r o n o m i aNascimento, vida e morte
20 • CiênCia Hoje • vol . 43 • nº 257
Na vida, quase tudo parece depender das estrelas.
Ou melhor, tudo em nossas vidas depende efetivamente de um desses corpos celestes: o Sol, nossa estrela central. Basta lembrar que a vida existe, porque existe a luz do Sol. Apesar disso, muitas vezes, imaginamos que as estrelas, sempre cantadas em prosa e versos, servem apenas para alimentar nossos sonhos.
Conhecer como nascem, vivem e morrem as estrelas é conhecer como surge a luz, bem como tudo aquilo que dá origem e serve de sustentação à vida.
Essas questões, portanto, ligam a natureza do universo às próprias raízes da gênese humana.
José renan de medeiros
Departamento de Física Teórica e Experimental,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
das
estrelas
HUBBLE HERITAGE TEAM, D. GOULIERMIS (MPI HEIDELBERG) ET AL., (STSCI/AURA), ESA, NASA
Pensar o porquê da existência das estrelas está presente em todas as culturas, independentemente do credo, da época ou da geografia. As estrelas nascem e seguem uma evolução natural, a qual pode levá-las a passar por todas as fases de uma vida: do embrião, à infância e à adolescência até a idade adulta e a velhice, completando todo um ciclo evolutivo.
Como na natureza viva, o mundo estelar é também composto de uma enorme diversidade. Sua evolução não é linear, e muitos eventos podem mudar radicalmente seu curso, como acontece na própria história da vida.
O melhor dos vácuos
O espaço entre as estrelas, o qual denominamos meio interestelar, não é vazio. Pelo contrário, esse meio – mesmo sendo muito mais rarefeito que o melhor vácuo já produzido em laboratório – é preenchido por gás e poeira. Essa matéria encontra-se em lugares específicos dentro das galáxias, as quais representam as estruturas unitárias básicas do universo. As galáxias, elas mesmas, são constituídas de bilhões de estrelas e de quantidades consideráveis de gás e poeira.
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