Assédio nas organizações resumo

A Classe Operária Vai ao Paraíso

A história Narrada. A temática gira torno de uma crítica dura às más condições de trabalho comuns na década de 70 – época de lançamento do filme. O contexto sócio econômico permeia todas as cenas que compõem a trama permitindo ao espectador entender como se dão a divisão social e técnica do trabalho e como elas se organizam e se mantêm, como também são passíveis de transformações.
O filme começa chamando a atenção pela forma peculiar que o diretor maneja a câmera e nos surpreende com cenários pouco iluminados e uso e abusos já no começo do filme, de tomadas rápidas e escuras trazendo uma sensação de desconforto para quem assiste ao filme. O diretor Elio Petri certamente tenta causar no espectador, quando ele abusa dos close-ups, ou muitas vezes o uso da imagem inteira o sentimento de cansaço e desconforto, como se estivéssemos dentro da própria fábrica onde se passa a história que tem como foco o personagem de Lulu e o seu processo de politização, do modelo alienante capitalista em que viveu ao longo de vários anos.

O estabelecimento - equipamentos

A maior parte do filme se passa dentro e nos arredores da metalúrgica onde Lulu trabalha. É possível fazer um “tour” dentro da fábrica através do olhar de Petri. Fica perceptível que o ambiente ou estabelecimento onde se passa a trama é carregado de regras e metas muitas vezes impossíveis de serem cumpridas pelos trabalhadores que ali se encontram. A cobrança feita ultrapassa as possibilidades reais dos que estão inseridos naquele estabelecimento e isso acaba gerando um alto nível de ansiedade e stress, deixando-os cada vez mais distantes da meta estabelecida e ainda sendo lesados em seus próprios salários, com pagamentos de multas por não cumprirem com as exigências dos patrões. Para produzir mais, a fábrica contratava uma grande quantidade de mão de obra. Para que houvesse aumento dos lucros era necessário que a fábrica tivesse um padrão organizacional, para