Assédio moral
Embora não seja um tema novo, o assédio moral no trabalho ainda é desconhecido por alguns e ignorado por outros.
E mesmo que lhe cause estranheza, quanto maior o nível cultural do trabalhador maior a incidência do assédio moral, pois a globalização, com base em novas técnicas de seleção, inserção e avaliação do indivíduo no trabalho, fez uma reestruturação nas relações do trabalho.
Trata-se de um modelo de administração baseada no medo e no silêncio, buscando aplicar o terror psicológico para a conquista de um patamar superior dando origem ao "sujeito produtivo", ou seja, o trabalhador que ultrapassa metas, deixando de lado seus valores e a ética para com seus colegas. É a valorização do conceito produtivo em detrimento da dignidade da pessoa humana.
A valorização do trabalho em equipe assume um valor secundário, já que a premiação pelo desempenho é só para alguns trabalhadores, ou seja, os que atingem as metas estabelecidas, esquecendo-se que o grupo também é o responsável pelos resultados da empresa.
O individualismo exacerbado reduz as relações afetivas e sociais no local de trabalho, gerando uma série de atritos, não só entre as chefias e os subordinados, como também entre os próprios subordinados.
O assédio moral pode ser vertical e horizontal. O vertical pressupõe uma relação de autoridade, com o predomínio do desmando, da competitividade e da instauração do medo pelo superior em relação ao subordinado.
O horizontal é o que se instaura em pessoas de mesma hierarquia, tendo como característica básica à pressão para produzir com qualidade e baixo custo. É a humilhação presente nas relações cotidianas entre os mais produtivos e os menos produtivos
Além da questão produtiva, outros são os motivos para a utilização do psicoterror dentro de uma relação de emprego, como por exemplo o simples prazer em expor os indivíduos a uma situação vexaminosa e humilhante. O agressor, no assédio moral, sente a necessidade de demonstrar sua