Assédio Moral
O Assédio Moral
A palavra “assédio” remete-nos quase imediatamente a duas associações: a um conteúdo sexual e ao movimento politicamente correto norte-americano. Atualmente, uma discussão de caráter mais amplo e mais sutil, que revela nuance de um fenômeno que não tinha nome nem endereço certo: o assédio moral. O fenômeno em si não é novo, contudo a sua discussão e a sua denuncia, em particular no mundo organizacional, constituem sim uma novidade.
O assédio moral é um esforço repetitivo de desqualificação de uma pessoa por outra, podendo com conduzir ou não ao assédio sexual. No nosso dia-a-dia, não ousamos falar de perversidade; no entanto as agressões reanimam um processo inconsciente de destruição psicológica constituído de procedimentos hostis, evidentes ou escondido, de um ou vários indivíduos sobre o outro, na forma de palavras insignificantes, alusões, sugestões e não ditos, que efetivamente podem desestabilizar alguém ou mesmo destruí-lo, sem que os que o cercam intervenham. O agressor pode engrandecer-se rebaixando o outro, sem culpa e sem sofrimento; trata-se da perversão moral. Torna-se destrutivo pela frequência e repetição no tempo. Alguns indivíduos não podem existir senão pelo rebaixamento de outros; é necessário arrasar o outro para que o agressor tenha uma boa-estima, para demonstrar pode, pois ele é ávido de admiração e aprovação, manipulando os demais para atingir esses resultados.
Psiquiatras, juízes e educadores, não raro, caem nas armadilhas dos perversos, que se fazem passar por vítimas, quando, na verdade, são pessoas habilidosas em desenvolver um comportamento predatório que paralisa o outro e o impede de defender-se. O assédio moral começa pelo abuso de um pode, segue por um abuso narcísico no qual o outro perde a autoestima e pode chegar às vezes ao abuso sexual.
A violência privada
A violência perversa exercida contra o cônjuge é, frequentemente, negada ou banalizada, reduzida a uma simples